segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Gaveta nº 1

"E já não posso esperar o momento de começar a viver"

Indago entrelinhas antes de tornar tais palavras reais, e junto com meu bom senso, ajusto-me a vida como quem compra um número menor de calça jeans: não me importo de ser incabível pelo fato de não poder esperar o momento de transbordar voz entre as palavras. E se, num deslize, as mesmas se tornarem submissas à lógica, não esperarei o momento de dizer que não tenho pressa em viver, mas sim urgência em por em prática tudo aquilo que já sou na teoria.
Não. Não possuo nenhuma espécie de medo em frente as minhas realizações. A minha explicação para isso é a ira que sinto quanto à falta de circunstâncias que me impedem de viver o que eu sou.
Talvez sejam as lacunas, ou essa vontade de sentir em quantidades desumanas.
Hoje carrego comigo o peso da consequência, porém ainda relevo o direito de acreditar em algo maior. E nesta noite, nada será mais importante.
Eu tenho o direito de acreditar.
Eu desejo poder acreditar.
E já não posso esperar o momento de começar a encontrar.
Já não posso esperar o momento de calçar as sandálias e correr ao seu encontro.

3 comentários:

  1. Acho que a geração pós-Clarice nunca mais será como as anteriores... hehe ^^

    Mto legal seu blog!

    Bjo!

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  2. A propósito, adoro essa música que dá título ao seu blog *_*

    "Se o amor não nos quiser, então azar do amor, não soube nos amar..."

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  3. "Talvez sejam as lacunas, ou essa vontade de sentir em quantidades desumanas."


    É sempre bom te ler!
    bjo

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