domingo, 31 de outubro de 2010

E depois disso, desejo apenas que o tempo não afete minha espera

Não me peça para ser o que sua mente imagina, já basta minha própria consciência.
Os dias passam muito rapidamente e eu sinceramente não os sinto, e nem quero os sentir. Permitir que o tempo influencie minhas atitudes não me faz ser uma pessoa íntegra, pelo contrário, me faz perder a hora e o pensamento. Por esta razão, não me faça andar sobre o muro, correndo o risco de esquecer que a superfície ocupa pouco menos que a sola dos meus pés.
Eu preciso de segurança e não é a segurança que seus braços conhecem. Preciso alimentar o desejo de me surpreender e buscar palavras no extremo de mim, perder o controle e saber que ainda assim estou com os pés no chão. Busco um equilíbrio que tire totalmente minha razão, mas que ao mesmo tempo me certifique de que era exatamente isso o que eu procurava.
Enquanto jogo minhas palavras, concluo que a realidade é muito pouco. Que o que temos é muito pouco para satisfazer nossas próprias esperanças. Portanto, se somos predestinados a partilhar tudo o que temos, quem irá se arriscar a partilhar comigo?
É isso que procuro:
Alguém que tenha coragem de descobrir quem eu sou, e que se disponha a aprender o que eu tenho para ensinar.

Um comentário:

  1. Eis que não leio palavras mas a pura emoção, mas tambem percebi o dom de sentir, sentir o universo das palavras, um univirso intenso e complexo onde me encontrei por muito tempo sosinho eu e a solidão. Mas um dia a solidão me perguntou, se o universo é infinito e eu sertamente disse que sim. E então ela disse: Pois assim eu imagino, sera que nesse mais desconhecido infinito habita alguém? Se sim, o que fazes parado? porventura espera que seu ser seja consumido pelo vazio? Então com um sorriso singelo disse: Aqui nesse pequeno lugar infinito aguardo alguém dispoto a me ensinar e atento a aprender, e por muito tempo esperei e quando minha fé jazia no vale da sombra eis que surge no horizonte uma luz, tão intensa que quando se aproximou o vale da sombra se desfez. Eu com um pouco de voz perguntei. Qual o seu nome, era Inspiração que vinha de algum lugar nesse pequeno infinito. Vendo essa cena, aproximou-se a solidão não para assustar, mas para agradecer e com sua pureza e muita sabedoria disse a solidão: Meu amigo te fiz compania por longos periodos, mas agora vou embora antes tenho que dizer grande foi tua esperança, mas tenho certeza que a pessoa que você espereva está aqui, adeus meu grande amigo.
    Após esse momento me abraçou a Inspiração e com uma voz serene susurrou por que parou de escrever? E eu disse: Porque me senti só, mas não fraquejei estou aqui, não tenho muitas recordações mas espero que na sua presença meus melhores momentos mesmo que curtos estejão escrito nem que for num simples pedaço de papel velho e o deicharei guardado nesse pequeno infinito.

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