domingo, 27 de fevereiro de 2011

Let's dance, Nino.

Como um meio observador, embora não sem razão, notei os fios queimados do seu cabelo amanhecido. Tão bela era aquela criatura com montanhas nas sobrancelhas e estradas nas costelas. Tão doce... E como saber se segurando sua mão a terei para sempre? E se segura-la representar a entrega do seu corpo e não da sua alma? Gostaria de caçar seus segredos como quem caça borboletas, sem dor...
Como um meio apaixonado, embora não sem razão, falo sobre o tempo e ao mesmo tempo o perco. Quantos outros notaram o que notei? Quantos outros usaram as palavras que usei?
Como um meio sonhador, embora não sem razão, abraço sua beleza e sua loucura: Sua beleza por ser perturbadora e sua loucura por faze-la enxergar em mim uma possibilidade... Persista minha Nina, persista em mim.
(...)
Gosto das tuas mãos.
Gosto da tua respiração enquanto dirige sob a chuva.
Um, dois! Teu olhar me engole num súbito sorriso e num pequeno beijo sobre os ombros.
Dê-me tua mão, quero te levar para correr no campo... segure-a bem forte!
"Let's dance, Nino"
Quero conhece-lo.
Curvaremos todas as árvores e deitaremos onde o vento for mais forte.
Se nos perdermos uma vez, talvez jamais nos encontraremos.
Mas e se, no momento, apenas dançarmos?
Tu és uma possibilidade, não seja uma possibilidade...
Queira me conhecer também.
Let's dance, Nino.
Let's go.
(...)

2 comentários:

  1. É impossível ler este texto sem se perder na imaginação, com essa abundância de emoções profundas e palavras marcantes bem colocadas. Um dialogo entre o casal esplêndido praticamente uma obra literária. Muito bom.

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  2. sempre uma incógnita senhorita Giovana :D quem sabe um dia vou saber o que se passa pela sua cabeça rs.

    Bejos Victor.

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